No domingo, dia 16, comemoramos antecipadamente o Dia do Anahngá no Vale do Anahngabau, já que o dia 17 de julho foi uma segunda-feira. Brindamos ao protetor das matas com essa incrivel garrafa da edição comemorativa de Cauim Tiakau, 100% mandioca.
"Fazemos isso regularmente desde 2019, mais de quatrocentos anos depois que Cacique Tibiriçá e João Ramalho o fizeram no Vale do Anahngabau" disse Luiz Pagano, idealizador do projeto e criador do método Japonês.
"Essa conquista não é minha, mas sim de um grupo de amigos e irmãos que levo para a vida, a querida e genial 作永 ひかる, que mesmo sem falar uma palavra de português me ajudou enormemente a desenvolver o método japonês, bseado na produção do sake com o uso do koji; Hildo Sena, esse grande irmão que a vida me trouxe, criador do método enzimático, que não só evolui o processo ano-a-ano, como também ensina seu método a todos seus alunos da FATEC de Araçatuba; Chefes Kalymarakaya e Fabio Eustaquio, que fizeram o primeiro jantar harmonizado com CAUIM no Brasil, equpe do SENAC de Campso do Jordão representada por Victor Pompeu, Kârasy Ko’ema, o grande revivalista da cultura Potiguara e Tupi Antiga, estudioso das fermentações, idioma ancestral e abelhas na Aldeia TRAICAO na Paraíba, Mário Rubens .'., Chefes Thiago e Felipe Castanho, cujo amor pela Amazônia e sua gente trouxeram grande inspiração em projetos como o TEMBIU, Cassio Cunha, com quem realizo o antigo sonho de trabalhar ao lado, dos stakeholders James Guimarães, Priscila Mallmann, Domingo Montanaro, Edu Guedes, junto a uma lista enorme de outeros imortantes realizadores de sonhos".
Celebração do dia do dia do Anahgá - cosplay do D'us representado com um veado branco, de tamanho atroz e olhos cor de fogo |
Este evento é mais uma etapa do desenvolvimento, aculturação e comercialização do Cauim, tradicional bebida alcoólica indígena brasileira que começa a ser produzida com métodos modernos e vendida ao público em geral. Uma excelente mudança de paradigmas que, além de gerar recursos para aldeias e etnias, pode promover o conhecimento e valorização de diversas culturas anceswtrais brasileiras
É curioso perceber que a bebida, que existia muito antes da chegada dos colonizadores portugueses e espanhóis à América, ainda não havia sido produzida com sucesso por meios aceitos pela indústria e pelo mercado, bem como nunca teve uma lei de comercialização no país.
Cauim Tiakau proximo a antigas ruinas jesuíticas, 400 anos depois esse ritual ancestral volta a ser feito. |
Em abril de 2022, foi realizada consulta pública para a revisão do Decreto nº 6.871, de 06/04/2009, que regulamenta a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, sobre bebidas alcoólicas, com a publicação de novo dispositivo legal, que inclui Cauim na regulamentação de bebidas alcoólicas, surge uma grande oportunidade de projetar a cultura ancestral brasileira, dentro e fora do Brasil.
O artigo apresenta uma sugestão de plano de negócios para a criação das unidades de produção e comercialização de Cauim, com retorno estimado de 18 meses. Este projeto traz esperança para a preservação e valorização da rica diversidade cultural do Brasil.
O Cauim utilizado no brinde é do tipo CAUIM DO INHAPUAMBUÇÚ, nome que vem da Aldeia de Tibiriçá, em referência à formação rochosa que existia entre os rios Anhangabau e Tamanduatei, uma vez que o trabalho inicial de Luiz Pagano foi resgatar essas antigas tradições de São Paulo de Piratininga, antes da catequização cristã.
A bebida foi desenvolvida na Fatec de Araçatuba pelos alunos de Hildo Sena, sob sua orientação em sala de aula. É levemente frizante, com sabor característico do biscoito de polvilho, que pega na língua com acidez equilibrada. "É uma cultura que está em seus primeiros passos, a forma de servir, as taças e o ritual de consumo ainda estão em aberto. Tudo é possível desde que garantimos o respeito às tradições ancestrais indígenas, e que tudo seja denominado em Tupi antigo, idioma falado por Tibiriça e Potira.
O Cauim está em fase de aculturação, ainda não está disponível para venda.
T’ereîkokatu*” - ‘que você fique bem! - saúde no tupi antigo
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